terça-feira, 12 de maio de 2009

USP realizará vestibular inédito para a sua 1ª graduação à distância

Processo seletivo está previsto para acontecer no dia 2 de agosto. Com
360 vagas, o curso de licenciatura em ciências terá 4 pólos.

Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo | 12/05/2009

Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1122859-5604,00-USP+REALIZARA+VESTIBULAR+INEDITO+PARA+A+SUA+GRADUACAO+A+DISTANCIA.html

A Universidade de São Paulo (USP) irá realizar um vestibular inédito para o seu primeiro curso de graduação à distância. Serão oferecidas 360 vagas em licenciatura em ciências, que funcionará em quatro pólos. A previsão é que as inscrições para o processo seletivo sejam abertas
ainda em julho e a prova aconteça no dia 2 de agosto. O início das aulas está programado para o dia 21 de setembro.

A graduação funcionará nos campi do Butantã, na capital (90 vagas), em São Carlos (90 vagas), em Piracicaba (90 vagas) e em Ribeirão Preto (90 vagas). Metade das aulas será presencial e os alunos terão de ir ao campus todos os sábados. A duração do curso será de quatro anos, divididos em oito semestres.

O curso é voltado, essencialmente, para a qualificação de professores que atuam na educação básica sem a formação adequada. Estimativas apontam déficit de cerca de 200 mil professores em ciências no país. Até por isso, a expectativa é que a procura maior seja de pessoas mais maduras e que já estejam no mercado de trabalho.

“Há uma grande demanda para essas áreas e a educação à distância pode ser uma solução, porque o profissional pode mais facilmente conciliar a graduação com a sua rotina”, afirma o professor José Cipolla Neto, coordenador do novo curso.

As aulas acontecerão uma única vez por semana, aos sábados, com foco na parte laboratorial. Durante a semana, o aluno terá atividades para realizar por meio do portal de internet que será disponibilizado. Parte das aulas será por teleconferência, em que o professor fica em um dos campi e a aula é transmitida em tempo real para os outros pólos. Tutores e educadores acompanharão os alunos na sala de aula.

Processo seletivo

A seleção, que será feita pela Fuvest, terá uma única fase. A prova será composta por 50 questões de múltipla escolha e uma redação.

Como a proposta é qualificar docentes, professores em exercício sem formação superior receberão um bônus de 10% na nota final da prova. Docentes em exercício com curso superior, mas sem qualificação para a área terão uma bonificação de 8% na nota.

O valor da taxa de inscrição será de R$ 30. Haverá a concessão de redução ou isenção da taxa, mas os critérios ainda serão divulgados em edital, a ser publicado nas próximas semanas. Para o próximo ano, o curso deverá fazer parte do vestibular tradicional da Fuvest no final do ano. Portanto, o ingresso da segunda turma de licenciatura em ciências será para 2011.

A coordenação do curso é feita por uma equipe multidisciplinar com 13 profissionais. Cada pólo terá quatro docentes, três tutores e três educadores. “A qualificação dos professores é padrão USP, com titulação mínima de doutorado e dedicação integral”, afirma Cipolla. Segundo ele, haverá um educador e um tutor para cada 30 alunos e um docente para cada 45 alunos.

O curso faz parte da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), programa proposto pelo governo estadual. A USP avalia ainda a possibilidade de oferecer outros cursos, além do de licenciatura em ciências: pedagogia, licenciatura em matemática e licenciatura em biologia.

domingo, 19 de abril de 2009

Considerações preliminares sobre o Ensino à Distância

Diretoria da Adusp-S. Sind., dezembro de 2008

As chamadas tecnologias de informação e comunicação (TIC) – que não caracterizam e nem sequer são exclusivas do ensino à distância (EàD) – têm deixado de ser incorporadas no ensino presencial, entre outros motivos, pela falta de recursos materiais para promover a infra-estrutura física exigida para colocá-las à disposição dos interessados nas instituições. Educadores e pesquisadores têm se empenhado com seriedade ao desenvolvimento de um acervo de conhecimentos referentes ao EàD; contudo, algumas pessoas usam apenas parte do trabalho desses colegas para fazer uma defesa incondicional desse ensino. Assim, ao longo do tempo, instalou-se uma polarização ideológica que pouco esclarece: defensores incondicionais 1) do EàD e 2) da formação inicial presencial. Nos dias atuais, alguns defensores do EàD têm agido de forma contundente, tanto em nível nacional (exemplo: criação da Universidade Aberta do Brasil – UAB) como no âmbito de diversos estados, em especial no de São Paulo (exemplo: criação do Programa Universidade Virtual do Estado de São Paulo – Univesp). Suas alegações na defesa irrestrita do EàD incluem uma série de afirmações questionáveis e omitem informações essenciais para um melhor entendimento das questões envolvidas. Este texto apresenta alguns aspectos essencialmente críticos referentes ao tema que, sem dúvida, precisa ser analisado e discutido com maior cuidado e profundidade. A Adusp se propõe a fazer isto.

Tópicos tratados:
  1. Alega-se que não há recursos para a educação superior presencial e que, portanto, é preciso implantar o EàD
  2. As pessoas não têm acesso à educação presencial, portanto, é necessário implantar o EàD
  3. Limitações de cunho educacional do EàD
  4. Outras limitações do EàD
  5. Ambiente adequado aos estudos
  6. EàD não pode substituir o ensino presencial
  7. Professor “formado” por EàD poderá comprometer duas gerações
  8. O Brasil tem capacidade de expandir o ensino presencial
  9. O sucesso pode esconder o fracasso
  10. Moradia não é bom local de estudo
  11. EàD e recursos tecnológicos
  12. Será que o EàD é recomendável?
  13. Incluir os excluídos
Acesse o documento em PDF aqui.

Vida humana, formação inicial e ensino à distância... Em favor da formação inicial presencial em todos os níveis

Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública (FEDEP-SP), abril de 2009
(Ação Educativa, Adunesp, Adunicamp, Adusp, AGB-SP, Ande, Apampesp, Apase, Cedes, CPP, CRP-SP, DCE-Unicamp, Fórum de EJA-SP, Fórum Permanente de Educação Inclusiva, GT Educação do Movimento Nossa São Paulo, Sinteps, Sintunesp, Umes, Upes).


Todos nós sabemos que vivemos num mundo de múltiplas transformações e de recursos técnicos e tecnológicos crescentes. Acreditamos que há critérios para sua utilização, em especial quando se trata de atividades que podem afetar direta ou indiretamente a vida humana. Toda atividade humana vital – aquelas que se desenvolvem por meio da relação direta entre seres humanos e se baseiam no contato, na observação, no toque, no diálogo, no convívio, isto é, aquelas realizadas por enfermeiros, médicos, dentistas e, sobretudo, professores, entre tantas outras – exige determinada formação qualificada e deve ter como pressuposto formativo tanto as informações essenciais para o seu exercício profissional, como o desenvolvimento de capacidades relacionais que permitam aprimorar leituras de registros e expressões da linguagem corporal-afetiva. As informações, como expressões meramente comunicativas, podem ser armazenadas e disponibilizadas em livros, computadores, televisores, vídeos, CDs, DVDs; contudo, a dimensão formativa relacional só pode ser realizada de forma presencial.

Não há como tratar o dente cariado de uma pessoa sem tocá-la. Também, não há como perceber quando um estudante não está entendendo algum assunto em aula, sem que se note em seu rosto (ou corpo) expressão angustiada ou alheia. É fundamental perceber a expressão de alívio ou felicidade de um paciente quando constata que houve progresso e que um tratamento adequado sanou um problema; ou os olhos brilhantes de um estudante, quando entende e participa em uma aula, demonstração inequívoca de alegria e satisfação. Por tudo isso, não se trata de sermos contra as potencialidades e as facilidades que novos processos, equipamentos e ferramentas dos tempos modernos nos colocam a todo o momento, e sim de afirmarmos que a formação inicial deve ser presencial para todos aqueles que realizam atividade humana vital. Leia aqui.

Ensino à distância?

Retirado do Jornal da USP, Ano XXIV, n° 847, de 6 a 12 de outubro de 2008, p. 2 | por Otaviano Helene, professor no Instituto de Física da USP e presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp) e Cézar Minto, professor na Faculdade de Educação da USP e vice-presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp).

O ensino à distância é um importante instrumento complementar ao ensino presencial e, também, uma alternativa eficiente para a solução de casos emergenciais, por exemplo, para o atendimento de pessoas: 1) com sérios problemas de saúde e ou de locomoção; 2) em situações de cárcere; 3) em regiões longínquas dos centros urbanos, onde o ensino presencial é ainda absolutamente inviável. É, sobretudo, com essa perspectiva que vários países o adotam. Entretanto, equivocadamente, no Brasil o ensino à distância tem sido proposto não para cumprir tais finalidades, mas sim em substituição ao ensino público presencial e, ademais, tem sido inadequadamente recomendado, em especial, para a formação de professores. Leia aqui.

EaD deve substituir o ensino presencial?

Retirado do Correio Braziliense de 22 de dezembro de 2008 | por Otaviano Helene, professor do Instituto de Física, presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo e Cézar Minto, professor da Faculdade de Educação, vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo.

A educação a distância (EaD) tem recebido incentivos governamentais. No âmbito nacional, há o projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB), em funcionamento por meio das universidades federais. No Estado de São Paulo, o executivo criou a Universidade Virtual (Univesp), já com projetos em andamento, e permitiu que até mesmo o ensino médio tenha 20% de sua carga horária a distância. Que motivações teriam tais iniciativas? Leia aqui.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Material EaD e UNIVESP

Reproduzimos abaixo postagem do Centro Acadêmico de Biologia da USP, datada de 12 de abril de 2009.

A questão sobre UNIVESP está na pauta do dia do Movimento Estudantil. O CABio entendemos que sempre o ME deve adotar uma postura propositiva sobre os temas que nos atingem, ou seja, não esperar que sejam implementados para depois lutar contra eles.
Além disso, entendemos também que os estudantes devem ter acesso ao máximo de informação. A luta pela melhoria da educação pública não pode ser baseada em informações errôneas sobre os projetos que somos contra.
O Centro Acadêmico de Biologia organiza desde abril de 2008 um Grupo de Discussão sobre UNIVESP e o Ensino à distância. A proposta deste espaço é a leitura e debate dos projetos atualmente existentes sobre o assunto visando sua compreensão e avaliação crítica.
Entendemos o método proposto pelo GD é o único que permite aos estudantes e suas entidades a compreensão de fato do projeto, imprescindível para que cheguemos às nossas próprias conclusões, recusando soluções prontas, alheias ao movimento estudantil.
A hora é de construir um movimento estudantil que tenha proposições, que estude os temas e que não se baseie apenas pela negação, do “sou contra” e sim se baseie em debates e formulação.
Visando a construção desse método de fazer movimento em que acreditamos, disponibilizamos à todos os estudantes da USP este material, construído desde o ano passado sobre Ensino à distância e UNIVESP. Esperamos que ele tenha amplo alcance e que ajude os estudantes a formarem suas próprias opiniões.

Abraços,
Flávia Ferrari - Presidente do CABio – Gestão Migração 07/08
Juliano Polidoro – Presidente do CABio – Gestão Candeia 08/09

Segue o material em pdf:
  • Introdução e textos de RNAm com comentários e contextualizações: pdf
  • Perguntas para a comissão da Bio e resposta do Prof. Paulo Sano: pdf
  • Projeto de EaD da Biologia: pdf
  • Ante-Projeto da UNIVESP: pdf
  • Documentos do CO de 10 de Fevereiro de 2009: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6
Boa Leitura!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Programa da universidade virtual de SP foi ao ar nesta terça

Da redação do portal UOL Vestibular, com informações do Governo do Estado de São Paulo e da Agência Fapesp, em 07/04/2009

O Univesp TV, programa da TV Cultura que exibirá a programação educativa de apoio à Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) foi ao ar nesta terça-feira (7), às 23h10. A universidade é resultado de parceria da Secretaria de Ensino Superior e da Fundação Padre Anchieta com a Unesp, a USP e a Unicamp.

O programa será semanal e exibirá atrações ligadas aos cursos de graduação e pós-graduação dessas universidades, que serão veiculados ao vivo no horário das atividades presenciais. Na estreia, o Univesp TV explicou como funcionará a universidade.

Univesp

As graduações ainda não começaram a ser oferecidas. Três cursos já têm início programado: Especialização em Ética, Valores e Saúde na Escola (maio), Pedagogia (agosto) e Licenciatura em Ciências (setembro).

O objetivo é atingir, em três etapas, cerca de 180 mil professores e gestores da rede estadual de ensino, com uma oferta inicial de 60 mil vagas.

Conselho de Centros Acadêmicos da USP repudia Univesp

No último Conselho de Graduação da USP (CoG), realizado na quinta-feira dia 11 de dezembro de 2008, foi apresentada uma minuta feita pela pró-reitora de graduação, Profa. Dra. Selma Garrido Pimenta, em resposta ao protocolo de intenções, de 16 de abril de 2008, firmado entre a Secretaria de Ensino Superior e a Universidade de São Paulo, para a implementação do programa “Universidade Virtual do Estado de São Paulo – UNIVESP”.


A UNIVESP é um programa criado pela Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo, que se propõe a democratizar o acesso à universidade pública através de cursos de graduação (licenciaturas) com 80% de aulas a distância. A maior crítica que o movimento estudantil (ME) tem em relação à UNIVESP é a qualidade da formação que estará sendo oferecida a esses alunos, pois, o ensino a distância não garante a formação com os três pés da universidade (ensino, pesquisa e extensão), não permite a dinâmica viva da sala de aula e o contato cotidiano com os colegas de curso e de outros cursos também. Além disso, o projeto promete um bônus salarial e dispensa das aulas presenciais os professores que a ele aderirem. Não teremos contratação de mais professores para a UNIVESP, portanto, teremos falta de professores para os cursos presenciais.


A minuta da pró-reitora e o protocolo de intenções só chegaram às mãos dos conselheiros no mesmo dia, no início da reunião. A UNIVESP nunca havia sido debatida no CoG, tampouco no Co, entretanto, logo de início, Selma Garrido deixou claro que, ali, não estaria em discussão se a USP participaria ou não, dado que a USP participaria, bastava o CoG definir como participaríamos, pois essa pauta já havia passado pelo Co. Discordando da afirmação da pró-reitora, os Representantes Discentes (RDs) pediram para ver a ata da referida reunião do Co.


A minuta elaborada pela pró-reitora começa falando sobre a (falsa) aprovação do protocolo de intenções de abril pelo Conselho Universitário, depois justifica o ensino a distância na USP pelas regulamentações em nível federal, estadual e no âmbito da USP. Acompanhando a minuta, há uma portaria que traça “diretrizes gerais para elaboração, pelas Unidades Universitárias da Universidade de São Paulo (USP), de propostas de criação de Cursos de Graduação do Programa USP/UNIVESP; procedimentos para análise do mérito acadêmico das propostas de criação de cursos pelos Órgãos Colegiados competentes do Conselho de Graduação; bem como procedimentos para a realização do Concurso Vestibular, (…)”. A portaria se compõe de cinco artigos que são demasiadamente vagos e não se aprofundam nos detalhes do ensino a distância.


Várias foram as intervenções questionando o programa USP/UNIVESP, a minuta e a portaria, vários foram os pedidos de professores e estudantes para que se fosse discutida a pauta com mais tempo. Entretanto, a pró-reitora dizia que esta deliberação era apenas para institucionalizar o ensino a distância na USP, que não estávamos analisando um curso em específico e sim traçando diretrizes gerais e que isto precisava ser aprovado ali para que houvesse o vestibular para esses cursos na metade do ano de 2009. Quando quis partir logo para os encaminhamentos, foi questionada pela décima vez sobre a ata do Co e sua secretária admitiu que a pauta não havia passado por lá e sim pela COP (Comissão de Orçamento e Patrimônio). A proposta de professores e estudantes, de que se retirasse de pauta a minuta e de que se encaminhasse um Grupo de Trabalho que a discutisse detalhadamente foi simplesmente ignorada. Selma Garrido nos impôs duas possibilidades: aprovar ou aprovar, a sua minuta. No ato da votação apenas quis contabilizar os favoráveis e as abstenções, então os RDs pediram para que se fosse encaminhado de forma correta, a fim de contabilizar também os votos contrários. Foram 15 votos favoráveis e 13 votos contrários.


A estrutura anti-democrática da Universidade corrobora para que decisões como esta sejam feitas de forma atropelada, desrespeitando a autonomia da universidade.


Defendemos a ampliação do acesso à USP, contudo, esta ampliação deve ser feita com qualidade, com expansão de vagas presenciais na universidade, permitindo a formação consistente de todos os alunos.


Conselho de Centros Acadêmicos da USP (CCA), 13 de dezembro de 2008

Programa semanal da TV Cultura mostrará Universidade Virtual

da Acessoria de Imprensa da TV Cultura, 03 de abril de 2009

O programa Univesp TV vai mostrar ao público o melhor da programação do novo canal digital.

Na última terça-feira, 7 de abril, entrou no ar um novo programa da TV Cultura -- o Univesp TV. Apresentado pela jornalista Mônica Teixeira, a atração vai exibir o melhor da programação educativo-cultural do canal digital que a Fundação Padre Anchieta criou para apoiar o programa do governo Universidade Virtual do Estado de São Paulo.

O programa de estreia, além de explicar detalhadamente como vai funcionar a universidade virtual paulista, abordou o tema linguagem e educação, destacando a sua aplicação ao desenvolvimento da leitura e à produção de textos. O conteúdo, parte do curso de Pedagogia da Univesp, desenvolvido pela Unesp, mostra que, para se comunicar melhor - falando ou escrevendo -, é preciso saber interpretar e redigir textos.

Com uma hora de duração, com início às 23h10, a atração exibiu ainda dois "verbetes eletrônicos". O primeiro sobre o filósofo e educador John Dewey (1859-1952), um dos mais importantes pedagogos americanos. Dewey influencia até hoje a educação no Brasil. O outro mostrou a vida e a obra do linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913), cujas elaborações teóricas propiciaram o desenvolvimento da linguística como ciência.

Sobre o canal digital
O Univesp TV é um canal digital que a TV Cultura vai dedicar exclusivamente ao programa Universidade Virtual do Estado de São Paulo, uma iniciativa da Secretaria de Ensino Superior em parceria com a Fundação Padre Anchieta e as universidades públicas estaduais Unesp, Usp e Unicamp, para ampliar o acesso da população paulista ao ensino superior público de qualidade. O programa Universidade Virtual utiliza os recursos das novas tecnologias de informação e comunicação, como a TV digital e a Internet, para ampliar o número de vagas nessas instituições e dar maior abrangência geográfica à oferta dos cursos.

Em sua grade, o canal terá espaço para programas diretamente ligados aos cursos de graduação e pós-graduação dessas universidades, que serão veiculados ao vivo no horário das atividades presenciais. Programas complementares sobre temas curriculares também serão transmitidos.

Serviço:
Univesp TV
Exibição: às terças-feiras, às 23h10

Com "pé atrás", José Serra assina decreto que cria universidade de ensino a distância

retirado do portal UOL Educação, em 09/10/2008
O governador de São Paulo, José Serra, assinou na tarde desta quinta-feira (9) o decreto que cria a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), sistema de ensino superior a distância. "Eu mesmo tenho o pé atrás [com a educação a distância]. Vendo TV, fico me perguntando se dá mesmo para aprender", disse logo após dar sinal verde para o projeto.

A Univesp é formada pela parceria das três universidades estaduais paulistas: USP, Unesp e Unicamp. O programa vai ter ênfase na pedagogia e prevê a abertura de 6.600 vagas já em 2009. "As universidades vão caprichar porque são as três melhores do país e não darão aula sem qualidade", garantiu Serra.

Os cursos serão gratuitos, mas o projeto custará R$ 25 milhões por ano aos cofres públicos. "Não estamos tirando da verba das universidades. Deveríamos, porque é para o ensino superior publico, mas não estamos. E isso é para mostrar a importância que esse programa tem para nós", esclareceu o governador, que classificou o dia de hoje como "histórico".

Como funciona
Serão destinadas 5.000 vagas para a graduação de pedagogia na Unesp, 700 de licenciatura em biologia e outras 900 de licenciatura em ciências, ambas na USP. A Unicamp ainda não tem suas vagas definidas.

O primeiro módulo do programa, conforme o plano, terá cursos para ampliar a oferta de vagas na formação de professores em áreas básicas, como línguas, física, química e biologia. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, somente na rede estadual de São Paulo, há 25 mil professores sem diploma superior (10% do total).

Simultaneamente, serão desenvolvidos cursos de especialização voltados a professores da rede estadual de ensino, da 5ª série ao ensino médio. A expectativa é de que 110 mil docentes ingressem no ano que vem em 16 cursos de pós-graduação (13 de disciplinas e três de gestão).

Alguns cursos de especialização já são estudados para implantação: filosofia, sociologia, educação em direitos humanos, ética e saúde na escola, ciências, espanhol, gestão escolar, economia ambiental, vigilância sanitária, terapia intensiva integrada, ações em saúde, reabilitação de pacientes amputados.

Ingresso na universidade
O ingresso na Univesp será feito como um vestibular normal. Será publicado edital com informações sobre o processo seletivo. Ainda não há datas definidas, mas a expectativa é de que esses cursos já comecem a funcionar em março de 2009.

Segundo o secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt, o sistema de cotas obedecerá as atuais políticas das universidades, "que já contemplam, de alguma forma, esse aspecto fundamental da participação dos jovens na busca do ingresso no ensino superior. O que vamos fazer é continuar a respeitar essas políticas".

A idéia é criar uma rede virtual de ensino superior chancelada pelo prestígio acadêmico das estaduais. Por meio da rede, o aluno poderá assistir aulas, consultar uma biblioteca virtual e acompanhar pela TV o material de apoio pedagógico. O restante do programa pouco difere do ensino tradicional, com provas e aulas presenciais nos pólos.

Vogt explica que haverá um canal aberto 24 horas que repetirá a programação a cada oito horas. A grade curricular ficará a cargo das universidades. "O projeto nasce com universidades públicas, mas estará aberto, no futuro, a parcerias com outras instituições, inclusive as particulares", disse o secretário.